A relação escravo e seu dono está envolta a esfera de dominado e dominador, tendo em vista que o dono tem total posse da vida do escravo, tendo-o como um objeto.
A escravidão figurada nesta Roma em questão tinha um aspecto político bastante presente, exemplo disto é a hierarquia social existente dentro da própria escravidão. Haviam as diferenças entre os escravos, por exemplo, os escravos denominados Pallas eram escravos eruditos e os escravos denominados mineradores exerciam o trabalho braçal , o que era considerado desonroso na época.
O espaço que o escravo ocupava dentro desta sociedade era bastante amplo, ele chegava a ser considerado da família o que não o isentava da violência e exploração vinda por parte de seus donos. Tudo isso fazia legitimar o poder que o dono tinha sobre o seu escravo.
Outro ato extremamente político dentro desta Roma era o casamento legítimo, citado no III fragmento, o casamento tinha por principal objetivo a política, um aristocrata se casaria com a filha de um outro aristocrata afim de manter a hierarquia social dentro de ambas as famílias e perante a sociedade.
Faz-se necessário dentro desta temática do casamento ressaltar o papel da matrona que com todos os tabus estabelecidos pela sociedade romana era submetida a autoridade do patrono.
A unidade doméstica figurada nesta época:patrono, matrona, filhos, escravos, libertos e os clientes era o palco para se fazer política o que fazia deste ambiente um pouco hostil, pois como já citado havia hierarquia dentre os escravos.
Ainda dentro desta hierarquia social, libertos que eram uma espécie de ex-escravos que ainda prestavam serviços ao seu patrono e os clientes que estavam ligados ao patrono devido a laços comerciais, se viam com uma desconfiança, percebe-se que se manter a ordem dentro deste cenário que era refletido na política romana era algo que requeria bastante diplomacia dentre todos os envolvidos.
Esta sociedade romana era orientada por uma hierarquia social que estava presente em todas as classes existentes da época. A vida privada que seria o casamento, relação com os escravos ou a escolha pessoal de algum funcionário de confiança que eram de prefêrencia os libertos, era toda calculada e articulada precisamente visando o status social que conforme se ascendesse refletiria no aspecto político, ou seja na vida pública.
Refêrencias: VEYNE, Paul.Os Escravos. A Casa E Seus Libertos.In:Aries,P. Duby. G.História da vida privada; vol.1:Do Império Romano ao ano mil. São Paulo:Companhia das Letras,2006.
GARNSEY, P, Sauller, R. El Imperio Romano.Madrid:Crítica, 1991, p.37.
perfect
ResponderExcluirIrineu
ResponderExcluirVc não sabe nem eu
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