O ensaio A educação para além do capital, escrito por István Mészáros para a conferência de abertura do Fórum Mundial de Educação, realizado em Porto Alegre, no dia 28 julho de 2004 visa compreender a educação que é passada aos alunos de uma maneira alienada, educação esta transmitida aos alunos por intermédio dos professores que também tiveram uma formação alienada.
Esta obra faz uma ligação desta imutabilidade dentro da educação com a questão do capitalismo, este por sua vez não possibilita mudanças dentro de seu sistema já estabelecido e dentro da educação não seria diferente, pois, todo o regimento da sociedade e questões que á perpassam são participantes deste sistema capitalista.
Mas no texto, Mészáros se limita a entender a influência capitalista no mundo educacional, ressaltando que quaisquer mudança que ocorra dentro deste regimento tem de ser acompanhada, porque no âmbito educacional que se correlaciona com a emancipação humana também ocorre um bloqueio neste progresso que Marx defendia, com a força que a emancipação poderia tomar no caso, através da educação, o capitalismo não ficaria ameaçado, pois, se trata de um sistema fortemente já estagnado, mas, encontraria algumas ‘’dificuldades e resistências’’ com este progresso. Este progresso prega uma ampla visibilidade á ser passada para as pessoas quebrando assim esta alienação que se é praticada historicamente.
Para este novo meio de se passar á educação, teria que acabar com algumas legitimações existentes dentro da sociedade. O fim deste domínio alienátorio, acarretaria na quebra deste sistema que visa reinar em favor do capital. Isto confere em analisar a educação por dois meios: a educação como é a grande fonte de visibilidade para a manutenção da ordem social do capital, mas uma vez um exemplo de que a educação é utilizada para meios alienátorios dentro da sociedade, por este motivo que tende-se á observar á educação para além do capital.
Sobre estes meios Mészáros retoma a idéia de Marx:a teoria da alienação e chega a conclusão de que a educação não pode contra o forte sistema capitalista e até mesmo qualquer mudança proposta dentro do âmbito da educação emancipadora já seria uma estratégia do capital para a consolidação de sua eterna perpetuação e de que a mudança do sistema capitalista, não seria a solução de todos os problemas vigentes na sociedade.
Ainda no texto, o autor afirma que a educação é vital, pois, é com a educação que surgem as possibilidades de quebra deste sistema. Este fato acaba por colocar a educação como um dos pilares para esta emancipação humana.
Como não é apenas desconfigurar o sistema, mas sim, dar consolidação á outra vertente que possibilite o firmamento desta nova educação, está mudança no sistema educacional é de grande valia dentro de qualquer movimento que tente esta reforma dentro do âmbito da emancipação humana.
Este processo mutatório, segundo o autor, visa um novo método que quebre o círculo vicioso que é proporcionado pelo capital de forma consistente, isto acarretaria na libertação de tudo o que já é pré-estabelecido pelo sistema capitalista, com isto, o indivíduo teria total amplitude em seus conhecimentos para refletir á respeito de qualquer vertente da sociedade, sem ter sido antes alienado. Mészáros ressalta ainda que é neste sentido que a educação institucionalizada pode contribuir para a superação do capital acarretando assim á tão almejada emancipação o que está relacionado com o progresso e com as trocas de informações da educação com as próprias experiências de vida do indivíduo.
Esta reforma trata de um novo meio para se fazer educação, pondo um fim no meio de ensino alienatório, reforma esta, que não seria apenas o fim do capitalismo, mas, sim um novo olhar que o indivíduo terá sobre a sociedade em que se está inserido.
Para seu melhor funcionalismo, esta reforma partiria dos princípios gerais, teria que ser empregue uma visão geral e ampla de todas as questões existentes nos meios sociais, sem haver nenhum tipo de limitação para com o indivíduo. Assim a educação tomaria á frente da superação total do capital, ou seja, é contra a alienação do capital que a educação tem que ser aplicada de forma geral. Esta reforma acarretaria em uma ‘’automudança’’ dos indivíduos que concretizariam esta nova ordem social, eles conduziriam suas vidas de forma mais consciente e menos delimitada. Seria uma vida voltada para as necessidades humanas e não pelas necessidades artificiais legitimadas pelo capitalismo.
É nesta mudança radical que Mészáros aposta que é o caminho da construção de um novo modelo social totalmente diferente do modelo capitalista, a amplitude da educação e do trabalho como atividade humana, não condicionadas apenas para o capital, mas, sim para o ser crescer enquanto pessoa, á partir deste entendimento vindo da educação emancipadora, que o indivíduo passará á legitimar este novo modelo de sociedade.
Referência:
MÉSZÁROS, István; A Educação Para Além Do Capital.
Autora da postagem:Jullyana =)
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