domingo, 20 de novembro de 2011

Nefertiti:A Verdadeira Rainha Do Egito



                            
Nefertiti (c. 1380-1345 a.C), rainha da XVIII dinastia do Antigo Egito principal  esposa do faraó Akhenaton que foi o responsável por implantar o monoteísmo no Egito o que lhe causou a tentativa de se apagar seu nome e legado da história egipícia.
Nefertiti pelo o que a história nos conta, foi uma mulher de fibra e garra que mesmo na queda de seu marido esteve ao seu lado, até mesmo governando o Egito por dois anos após a morte de seu marido.
Famosa por sua beleza Nefertiti era a preferida de Akhenaton dentre todas as esposas que o mesmo obtinha.
Além de bela era bastante inteligente e astuta para questões políticas.
Nefertiti sumiu misteriosamente dos relatos egipícios antigos o que leva a crer que também tentaram apagar seu nome da história local.
Causas e ano de sua morte são desconhecidos pela história mas mesmo assim historiadores vêm a anos tentando encontrar sua tumba mortuária e consequente sua múmia.
As fotos que vocês vêm aqui neste post de Nefertiti são todas baseadas em seu busto achado durante uma escavação na Alemanha e não no Egito, com certeza esta valiosa peça foi contrabandeada para o continente Europeu. Na foto ao lado ilustra-se o poder que Akhenaton tinha e recebeu dos Deuses Egipícios para imperar absoluto na Terra, logo atrás esta Nefertiti legitimando o poder de seu marido e também sendo agraciada com o poder e logo atrás as filhas do casal que ao todo eram seis meninas.
Nefertiti é sem dúvida uma das mulheres mais importantes da história mundial e que provou que mesmo em tempos de forte cultura aonde o homem é o único que pode liderar,  a mulher pode sim participar de assuntos determinantes para o bem comum e prova também de que uma mulher bela e atraente pode ir bem mais além que sua beleza física.
Fica aqui minha humilde homenagem a esta MUSA que eu considero ímpar na História e uma mulher a frente de seu tempo.





Esta figura é interessantíssima pois se trata de uma representação do poder de Nefertiti durante seu reinado, de um lado Nefertiti segura o cetro que era o símbolo de poder dos antigos faraós e do outro uma foice que significava uma boa colheita que era a garantia de uma economia estatizada para o Egito tendo em vista que o cultivo e até mesmo exportação de grãos era o que movimentava a economia na época.
Esta representação só era permitida para Faraós (homens) quando iam ser sepultados em sua tumbas, e nesta representação observamos uma mulher retratada igualmente poderosa como os Faraós.
Um fato interessante encontrado no busto de Nefertiti é que na sua representação a sua cornéa do olho esquerdo não foi devidamente pintada o que para a época significava que Nefertiti era temerosa as Deusas Supremas Egipícias e não queria ofuscá-las com sua beleza.




Referências: JACQ, ChristianAs Egípcias: Retratos de Mulheres do Egipto Faraónico. Porto: ASA, 2002. ("Colecção ASA de Bolso").
 Google Imagens.

sábado, 19 de novembro de 2011

Indicação De Filmes

Pessoal está aí mais uma indicação de filme:GERMINAL, um ótimo filme que retrata a realidade dos trabalhadores nas carvoarias da França em meados do século XVIII.
Um filme que ao meu ver traz consigo uma crítica social não muito distante do atual mundo capitalista em que vivemos nos dias atuais:BURGUESIA X PROLETARIADO, retrata também o nascimento de movimentos grevistas e nos mostra como se davam as relações interpessoais e como eram os hábitos destes trabalhadores.
Vale muito a pena conferir!!


Disponível para download no site:http://www.filmesepicos.com/search/label/Letra%20G

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Livros...

Queria indicar á todos que venham por ventura se interessaram pela temática um livro que comecei a ler hoje...O livro se chama:HISTÓRIA E ÉTICA DO TRABALHO NO BRASIL,  de  Paulo Sérgio do Carmo, Editora Moderna.
O livro faz uma viagem pela consolidação da sociedade trabalhista brasileira até a Era Vargas, percorrendo nossa colonização, o trabalho escravo no Brasil dentre outros fatos históricos que ocorreram por aqui.
Boa Leitura!


                                                   
                                           

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Indicação De Filmes

Pessoal vai aí uma indicação de um filme muito bom á respeito de como era a vida nos quilombos aqui no Brasil, além disso o filme retrata também um pouco da vasta e muito rica cultura negra.
É uma ótima pedida!!
O filme esta disponível no site:http://www.filmesepicos.com/search/label/Letra%20Q


                                       

Reivindicação

Olá pessoal,
Utilizo este blog normalmente para postar meus os textos que fazia durante a minha graduação em História, mas devido á um fato ocorrido no dia 1 de novembro de 2011 em um shopping aqui de Uberaba venho deixar aqui o meu relato de indignação.
Na terça feira, dia 1 de novembro eu fui ao shopping aqui da cidade aonde eu iria comprar um perfume em uma determinada loja, eu propositalmente fui toda desarrumada afim de sentir qual seria o tratamento que me dariam dentro da loja.
Primeiro não fui notada, ao se passar exatos 10 minutos é que uma vendedora que estava completamente desocupada veio me abordar e perguntar se eu estava precisando de algo, isto só se deu devido á uma cliente que estava toda '' apresentável '' ter entrado na loja e não ter levado nada daí a vendedora veio e me abordou.
Escolhi o perfume e quando fui a caixa o tratamento foi outro, me ofereceram brindes, cartões da loja etc.
Definitivamente vivemos em um mundo de aparências aonde o que você aparenta ter vale muito mais do que você verdadeiramente é.
Creio que pessoas que passam por isso quase que diariamente e sentem isso na pele se sentem muito mais muito menosprezadas, portanto pessoal não julgue alguém pela aparência, sei que é difícil pois o intitulado SER HUMANO ele é condicionado a valorizar bens de consumo, mas mesmo assim não nos deixemos levar por bens de consumo ou coisas do tipo e muito menos acabemos por desprezar pessoas que não valorizam ou não tem condições financeiras de estar ''apresentáveis'' como dita a sociedade, pois é como diz o ditado:DO REI AO PEÃO, TODOS NO FIM DO JOGO VÃO PARA A MESMA CAIXA!


Autora da postagem:Jullyana Silva =)

terça-feira, 28 de junho de 2011

Navegadores Europeus, Seus Mitos E Contato Com Os Primeiros Nativos Da América


O imaginário europeu que revestiu a colonização  da América portuguesa esteve envolto ao campo místico aliado a religiosidade da época das grandes navegações.
A relação entre o humano, o divino e o natural era o que pautava as relações dos europeus daquela época com tudo aquilo em que eles acreditavam e se relacionavam.
Todos aqueles que não tinham a mesma fé católica e visão de mundo que os europeus eram considerados ''diferentes'' e, portanto, eram hostilizados e perseguidos o que culminou em diversas Cruzadas ao longo da história.
Partindo do pressuposto que para os europeus da época das grandes navegações e detentores desta mentalidade, na esfera divina, não poderia haver Deus sem Diabo, na natureza, não existia Paraíso Terrestre  sem Inferno e em meio aos homens existia um misto de virtude e pecado.
A estranheza com os indígenas (que neste texto são o foco) por exemplo, acaba baseando-se justamente nesta visão de mundo.
Quando os descobridores portugueses tiveram o seu primeiro contato com os índios se depararam com um povo que não cultuava o mesmo Deus que eles, tinham hábitos considerados animalescos, como a antropofagia que era praticada apenas por algumas tribos indígenas e se organizavam socialmente de uma forma que para eles não condizia com a visão que eles possuíam de sociedade organizacional, vale ressaltar que isto ocorreria se é que os europeus considerassem que os nativos tinham noções de sociedade, então observa-se um tipo de ''pré-conceito'' já estabelecido, cultural e legitimado também pelo divino.
A estranheza cultural foi o que causou o choque cultural entre desbravadores europeus e nativos, o que tornava a convivência hostil.
Observa-se que as missões dos jesuítas eram catequizar os índios, ou seja, obrigá-los a possuir a mesma fé que eles para poder assim melhor impor sua cultura, outro exemplo do quanto o aspecto religioso era afirmado com o aspecto cultural.
Esta ''adaptação'' que os nativos tiveram que fazer com a chegada dos portugueses foi para eles algo muito ferrenho e, de certa forma, ruim, pois tiveram que abandonar tudo aquilo em que acreditavam e pautavam sua existência, para legitimarem o Deus e consequentemente a cultura dos portugueses.
Estes, por sua vez, quando aceitaram algum traço da cultura indígena foi para melhor coagirem e penetrarem na religião e cultura indígena para impor e disseminar a fé européia, exemplo disto podemos afirmar casamento indígena. Para a cultura tupiguarani o casamento era do tio com a sobrinha. Embora os jesuítas condenassem este casamento realizado entre os tupiguarani, o admitiam pois deste modo os índios estariam casados.
Todo este cenário é o retrato da relação dominado e dominador que se dava dentre descobridores e nativos (aqui em questão), considerar alguém inferior por não manter a mesma religião, as mesmas relações humanas e com a natureza que tinham os europeus era, sem sombra de dúvida, motivo para invadir, explorar, fazer imposições e ceifar a vida dos povos que nem sequer sabiam o motivo de tudo aquilo.
Se para os europeus o motivo era ''apresentar'' aos índios a sua fé, conseguiram, e mostraram-lhes  logo o inferno que sempre foi tão ilustrado e fantasiado pelos europeus.
Para os europeus impor sua religião aos índios era algo mais que legitimado por eles que eram resultado de uma sociedade que mantinha sua religião acima de tudo e baseava todos os seus atos na mesma.
Em uma mão os europeus seguravam a Bíblia na qual se sentiam protegidos pela palavra de Deus e na outra empunhavam espadas e armas para facilmente aniquilar todo aquele que fosse contra, não aceitasse ou simplesmente não conhecesse a fé e cultura européia.De certo modo, a colonização portuguesa na América baseava-se em uma visão contraditória e, ao mesmo tempo, complementar, ou seja, a colônia ora era vista como Reino de Deus, ora como Reino do Diabo. Isto sem falar que a colônia também era vista como purgatório de riquezas e igualmente de pecados dos índios, negros e dos colonos que nem sempre seguiam a risca os mandamentos de Deus e da Igreja nas imensidões das terras situadas ao sul do Equador.

Autora do texto:Jullyana =)

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Os Escravos E Os Quilombos No Brasil

                                                        
Durante a escravidão, ocorriam formas de resistência  por parte dos escravos que se aglomeravam nos quilombos afim de levarem uma vida longe do trabalho forçado e dos chicotes de seus senhores.
Nestes quilombos os escravos não eram totalmente ''livres'', aqueles que eram ''capturados'' eram considerados escravos dentro dos quilombos (local aonde os escravos se refugiavam).
A sobrevivência se dava quase que exclusivamente através da subsistência, os escravos que se refugiavam nos quilombos produziam apenas para o seu uso-fruto.
Os quilombos faziam parte da ''sociedade escravocrata'' da época e ameaçavam de uma certa forma as regras impostas pela América Portuguesa, pois, o negro fugido além de estas desafiando as regras portuguesas, ele gerava também prejuízo para o seu senhor. Deste contexto surgem os chamados ''capitães do mato'', uma espécie de caçadores de recompensa, pois o negro fugido que viesse a ser recuperado valia muito tanto para o seu senhor quanto para o capitão do mato que viesse a capturá-lo.


Durante seu trabalho, o capitão do mato não estava sozinho na captura dos escravos fugidos, muitas vezes ele contavam com a valiosa ajuda dos índios que conheciam como ninguém as matas que em sua grande parte era para onde os escravos fugiam e constituíam-se os quilombos.
Dentro desta ''parceria'' (capitão-do-mato e índios) observa-se tão quão dúbia era esta relação, pois sabe-se que os índios também eram escravizados pela sociedade daquela época, então para se capturar os escravos fugidos eles usavam também ''escravos'' (os índios), ou seja, a sociedade usava um tipo de ''objeto'' (índios) para se recuperarem seu outro objeto, o escravo negro fugido.
Para reaver seu escravo fugido, a sociedade escravocrata da época utilizava de todo o seu recurso existente só para não perder a valiosissíma mão-de-obra escrava negra.
O medo das revoltas e das fugas para os quilombos por parte da sociedade da época era consequência do ambiente hostil que conviviam senhores e escravos, um ambiente de total submissão, violência e desumanidade.
Dentro do quilombo o escravo realizava suas tarefas, ou seja, trabalhava, mas longe daquele cenário assustador que ele foi inserido.
Nestes quilombos os escravos expressavam-se culturalmente com mais liberdade e longe dos olhos desconfiados de seus senhores.
Os quilombos eram uma forma de viver que os negros encontraram com o mínimo de decência possível e sem abusos.
Pode-se dizer que dentro dos quilombos, os negros ''remontavam'' o modo de organização que podia ser vindoura da sua organização ainda na África. Os escravos de uma forma bem limitada, se sentiam ''livres'' e podiam viver como tal, por mais que nos quilombos eles exerciam trabalhos e alguns eram considerados escravos, mas, tudo era consequentemente ameaçado pelos seus caçadores que a mando de uma sociedade escravocrata, que só visava lucros e ascensão econômica e para isto necessitava da mão-de-obra escrava.
Esta sociedade ''se sentina no direito'' de se apossar de seres humanos '' diferentes'', fisicamente e
culturalmente e os expunham e os abusavam de todas as formas possíveis, assim a fuga para os quilombos se tornava a única saída para se livrarem das garras desta sociedade escravocrata que com o passar do tempo se tornou uma ''Sociedade Preconceituosa'' que estamos inseridos até nos dias atuais.

Texto autoral:Jullyana =)