Durante a escravidão, ocorriam formas de resistência por parte dos escravos que se aglomeravam nos quilombos afim de levarem uma vida longe do trabalho forçado e dos chicotes de seus senhores.
Nestes quilombos os escravos não eram totalmente ''livres'', aqueles que eram ''capturados'' eram considerados escravos dentro dos quilombos (local aonde os escravos se refugiavam).
A sobrevivência se dava quase que exclusivamente através da subsistência, os escravos que se refugiavam nos quilombos produziam apenas para o seu uso-fruto.
Os quilombos faziam parte da ''sociedade escravocrata'' da época e ameaçavam de uma certa forma as regras impostas pela América Portuguesa, pois, o negro fugido além de estas desafiando as regras portuguesas, ele gerava também prejuízo para o seu senhor. Deste contexto surgem os chamados ''capitães do mato'', uma espécie de caçadores de recompensa, pois o negro fugido que viesse a ser recuperado valia muito tanto para o seu senhor quanto para o capitão do mato que viesse a capturá-lo.
Dentro desta ''parceria'' (capitão-do-mato e índios) observa-se tão quão dúbia era esta relação, pois sabe-se que os índios também eram escravizados pela sociedade daquela época, então para se capturar os escravos fugidos eles usavam também ''escravos'' (os índios), ou seja, a sociedade usava um tipo de ''objeto'' (índios) para se recuperarem seu outro objeto, o escravo negro fugido.
Para reaver seu escravo fugido, a sociedade escravocrata da época utilizava de todo o seu recurso existente só para não perder a valiosissíma mão-de-obra escrava negra.
O medo das revoltas e das fugas para os quilombos por parte da sociedade da época era consequência do ambiente hostil que conviviam senhores e escravos, um ambiente de total submissão, violência e desumanidade.
Dentro do quilombo o escravo realizava suas tarefas, ou seja, trabalhava, mas longe daquele cenário assustador que ele foi inserido.
Nestes quilombos os escravos expressavam-se culturalmente com mais liberdade e longe dos olhos desconfiados de seus senhores.
Os quilombos eram uma forma de viver que os negros encontraram com o mínimo de decência possível e sem abusos.
Pode-se dizer que dentro dos quilombos, os negros ''remontavam'' o modo de organização que podia ser vindoura da sua organização ainda na África. Os escravos de uma forma bem limitada, se sentiam ''livres'' e podiam viver como tal, por mais que nos quilombos eles exerciam trabalhos e alguns eram considerados escravos, mas, tudo era consequentemente ameaçado pelos seus caçadores que a mando de uma sociedade escravocrata, que só visava lucros e ascensão econômica e para isto necessitava da mão-de-obra escrava.
Esta sociedade ''se sentina no direito'' de se apossar de seres humanos '' diferentes'', fisicamente e
culturalmente e os expunham e os abusavam de todas as formas possíveis, assim a fuga para os quilombos se tornava a única saída para se livrarem das garras desta sociedade escravocrata que com o passar do tempo se tornou uma ''Sociedade Preconceituosa'' que estamos inseridos até nos dias atuais.
Texto autoral:Jullyana =)
verdade infelizmente ainda nos dias de hoje existem muitos preconceitos> Quem é negro como eu sabe, quando ouço pessoas que conversa comigo e diz eu não tenho preconceito´, logo desconfio Qual a necessidade da pessoa ficar se justificando? não é mesmo?
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ResponderExcluirEu quero saber como era de que os escravos fugiam para o quilombo
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